Perito Em Computação Forense Revela Indícios De Fraude Nas Eleições Da Oab Pe

Perito Em Computação Forense Revela Indícios De Fraude Nas Eleições Da Oab Pe

As eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE) estão no centro de uma controvérsia após a divulgação de um relatório técnico elaborado pelo perito em computação forense Prof. Marcos Monteiro, da MM Forense, ao qual o PENEWS teve acesso. O documento aponta possíveis irregularidades, incluindo o suposto vazamento de resultados oficiais antes do encerramento das urnas e do início da apuração formal.

De acordo com o laudo, o procedimento de apuração conduzido pela Comissão Eleitoral teria sido apenas uma “encenação” para as chapas participantes, uma vez que os números finais já estariam previamente definidos e divulgados.

Diferentemente de outras seccionais da OAB no Brasil, que utilizaram urnas eletrônicas cedidas gratuitamente pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a OAB-PE contratou a empresa de Brasília Webvoto Tecnologia em Eleições Ltda. para administrar a votação. Especializada em sistemas de votação online, a Webvoto se diz especializada em soluções tecnológicas voltadas para instituições e associações, prometendo eficiência e modernidade. No entanto, desde o anúncio do uso do sistema online, críticas surgiram em razão da alegada falta de garantias de segurança e transparência. Agora, o sistema é alvo de um escândalo que abala sua credibilidade.

O relatório técnico indica que o jornal Folha de Pernambuco teria publicado os resultados oficiais pelo menos 15 minutos antes da ativação do sistema que deveria gerar o relatório de apuração.

 

“Uma farsa para enganar as chapas”, afirma perito.

Uma análise independente realizada por outro perito reforça a denúncia. Segundo ele, a divulgação antecipada dos resultados demonstra que a apuração formal foi apenas uma “simulação”.

“Essa situação expõe a total ausência de transparência e a manipulação de um processo que deveria ser inviolável. A apuração, momento mais técnico e solene de uma eleição, foi desmoralizada com a comprovação de que o resultado já havia sido compartilhado previamente, até mesmo com veículos de comunicação. Como confiar em um processo eleitoral feito pela internet, no qual os resultados já estão prontos e divulgados antes mesmo de a apuração começar?”, questionou o especialista.

As denúncias levantam sérias questões sobre a lisura do pleito e a confiabilidade dos processos eleitorais digitais implementados pela OAB-PE. A situação coloca a instituição em uma posição delicada perante seus filiados e a sociedade, gerando um debate sobre o papel da tecnologia na condução de eleições e a necessidade de garantir a transparência do processo.

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